sipping on sweet nectar, jens lekman - night falls over kortedala (2007)

voltamos à suécia! jens lekman é um cantor indie sueco, de 26 anos, cujo trabalho é, frequentemente, comparado ao de bandas como os magnetic fields ou belle and sebastian. entretanto, são conhecidas na sua terra natal, as suas colaborações com josé gonzález ou el perro del mar. night falls over kortedala é o seu segundo álbum full-length e compila composições dos últimos três anos.

pink champagne, venus hum - the colors in the wheel (2006)

o zumbido venoso (venous hum) é uma condição médica benigna, em que 20% do fluxo sanguíneo viaja até ao cérebro e, depois, volta ao coração. como é uma grande quantidade de sangue, a deslocar-se rapidamente, as paredes das veias vibram e produzem um zumbido que pode ser ouvido pelo doente. não é o bater do coração mas sejamos líricos e supunhamos que sim. esta é a "doença" de que sofre tony miracle, multi-instrumentista dos venus hum. este the colors of the wheel aparece depois de um interregno de 3 anos, em que os membros masculinos se dedicaram a novos projectos e annette strean se dedicou a aprender a cantar de novo, com um patologista da fala, depois de ter desenvolvido nódulos na garganta. os venus hum são de nashville mas é uma tarefa exigente tentar encontrar na música deles uma batida country que seja.

teardrop, josé gonzález - in our nature (2007)

gonzález é um artista sueco, filho de pais argentinos e com especial panca por covers. já correu os joy division, a kylie minogue, o bruce springsteen e os the knife e, se continuar a fazê-las tão boas quanto este teardrop, well, bring them along, baby! o seu primeiro álbum, veneer, já tem 4 anos e recebeu aplausos da crítica e do público (chegou ao sétimo lugar da tabela britânica). gonzález disse que neste álbum, tentou trazer ao de cima os aspectos mais primitivos da natureza humana. este teardrop, original dos massive attack, pode ser, assim, a expressão da beleza profunda na dor de todos nós.

jarhand, immaculate machine - immaculate machine's fables (2007)

os immaculate machine são uma banda do canadá. retiraram o seu nome de uma canção chamada one-trick pony, do álbum com o mesmo nome de paul simon. antes de assinarem pela mint records, lançaram dois álbuns com os seus próprios meios. estas fábulas são o seu segundo trabalho com aquela editora. kathryn calder, a vocalista, é sobrinha de a.c. newman, dos new pornographers.

the moneymaker, rilo kiley - under the black light (2007)

rilo pronuncia-se como high-low e kiley como smiley. os rilo kiley são uma banda de los angeles liderada por jenny lewis e blake sennett, antigas crianças-actores (isto soa bem melhor em inglês). no videoclip de the moneymaker, aparecem estrelas porno, a quem foi dito que participariam numa cena de softcore porn. under the blacklight é já o quarto álbum da banda.

kiss you off, scissor sisters - ta-dah (2006)

o nome scissor sisters vem de uma posição sexual entre duas mulheres, cientificamente conhecida como tribadismo. não é preciso fazer um desenho, certo? a banda começou a tornar-se conhecida, principalmente no reino unido, pelo remix disco/glam de comfortably numb dos pink floyd, que viria a aparecer no primeiro álbum, homónimo. jake shears, a principal voz dos scissor foi stripper durante imenso tempo no clube ic-guyz mas isto já não surpreende ninguém. neste último single extraído de ta-dah, é ana matronic quem assume o comando da cantoria. diz ela que kiss you off é uma falling-out-of-love-song. basicamente, um go fuck yourself! para todos os cabrões que por aí andam. 3 vivas a ela!

gronlandic edit, of montreal - hissing fauna, are you the destroyer? (2007)

a banda foi criada por kevin barnes e reza a história que deve o seu nome a uma rapariga de montréal com quem kevin teve uma relação falhada. os of montreal já têm 10 anos e 8 álbuns em cima e o próximo, a ser lançado em 2008, já tem nome. um dos agradecimentos feitos neste hissing fauna, are you the destroyer? é dirigido aos antidepressivos receitados a barnes. as letras são mais escuras que as anteriores, mais pesadas. apesar de as canções nos levarem facilmente ao delírio induzido e maniforme. press play and check it out!

flowers, émilie simon - the flower book (2006)

émilie simon nasceu em montpellier há 29 anos. o seu trabalho mais conhecido é a banda sonora de la marche de l'empereur. curiosamente, o convite para esta composição foi-lhe feito numa altura em que émilie gravava sons como passos na neve ou gelo a quebrar para dar uma sonoridade mais fria ao seu segundo álbum. com esta banda sonora, ganhou o prémio victoire de la musique para a melhor banda sonora de um filme, em 2006. ano em que saíram mais dois álbuns de émilie, végétal e este the flower book. no final do ano, integrou a digressão dos placebo, fazendo as primeiras partes dos seus concertos.

jimmy, m.i.a. - kala (2007)

kala é o segundo álbum de estúdio de mathangi "maya" arulpragasam, mais conhecida por m.i.a.. nascida em londres há 30 anos, a artista que combina rap, electro e ragga tem a sua origem no sri lanka. para o seu primeiro álbum, arular, de 2005, m.i.a. contou com o apoio da rainha do electroclash, peaches: foi um sucesso de crítica, pela mistura de estilos musicais e pela pertinência dos temas que m.i.a. aborda, que vão desde a pobreza à violência e à guerra - e tudo isto em várias línguas (canta em tamil, inglês, espanhol e calão jamaicano). o clip de jimmy retrata m.i.a. dançando uma versão do bodhisattva das mil mãos, com a ajuda de doze bailarinas.

so alive, ryan adams - rock n roll (2003)

ryan adams foi criado pela mãe e pela avó e, aos 7 anos, já escrevia poesia e lia edgar allan poe. largou a escola aos 16 anos e é, possivelmente, um dos melhores exemplos de que o absentismo escolar só faz bem à saúde! entretanto, gravou dois álbuns que foram um sucesso de crítica e de vendas, heartbreaker e gold, e confessou abusar do álcool e dos comprimidos, para além de snifar cocaína e heroína (misturadas!). way to go, ryan!

o valencia!, the decemberists - the crane wife (2006)

os decemberists são uma banda americana e o seu nome é, não só uma homenagem ao mês de dezembro, como ao russo decembrist revolt (iniciam muitos dos seus concertos com o hino da urss). the crane wife é o quarto álbum dos rapazes de oregon e o seu título também tem uma história: o vocalista, colin meloy, tomou conhecimento de uma lenda japonesa sobre um homem e um grou, que ele trata e com o qual, depois, se casa. o álbum está dividio em duas partes, a primeira delas referente a esta lenda e a segunda, chamada the island, a a tempestade de shakespeare. o valencia! é (mais uma vez) uma história de amor, um romeo+juliet em versão moderna, em que as famílias rivais se tornam gangs.

monster, you say party! we say die! - lose all time (2007)

voltamos ao canadá. depois de estrelas cintilantes como avril lavigne e bryan adams, chegam-nos os ysp! wsd!. começaram a tocar umas coisas na garagem da vocalista, becky ninkovic, porque estava muito frio na rua para andar de bicicleta (ao que parece, os invernos em abbotsford são tudo menos amenos). depois do primeiro álbum, hit the floor!, de 2005, lançam, este ano, o segundo. o videoclip de monster foi gravado em praga.

in shock, kristin hersh - learn to sing like a star (2007)

learn to sing like a star é o sétimo álbum de estúdio de kristin hersh, cantora americana de 41 anos. foi dito sobre ela que a exploração que fazia sobre a raiva, a agressão e o caos mental era a evidência necessária para comprovar que havia, pelos anos 90, artistas femininas que, de facto, quebravam os papéis de género, indo para além do mero desafio. hersh liderou, ainda, os throwing muses e, de momento, os 50 foot wave. tem 4 filhos.

goodnight goodnight, hot hot heat - elevator (2005)

de volta ao activo. os hot hot heat são uma banda canadiana, já com 12 anos de idade e 5 álbuns lançados (o último deles, este ano - happiness ltd.). nas curiosidades da wikipédia, diz que esta canção apareceu no filme john tucker must die, mas eu não sei que filme é esse. e pronto, não há muito mais a dizer. acho que estou destreinado.

on call, kings of leon - because of the times (2007)

because of the times é o aclamado terceiro álbum dos kings of leon. ao terceiro, os três irmãos e o primo followill do tennessee somam mais um sucesso de crítica e de vendas (foi o primeiro a alcançar os primeiros lugares da venda de álbuns no reino unido e na irlanda), a juntar aos seus anteriores, youth and young manhood, de 2003, e aha shake heartbreak, de 2004. caleb followill, o vocalista, disse que o título do novo álbum provém do dito if an album does well it's 'because of the times' or if it bombs, it's 'because of the times'. on call foi o primeiro single.

dragonfly, my brightest diamond - bring me the workhorse (2006)

my brightest diamond é um projecto musical encabeçado por shara worden, que junta as raízes da sua formação clássica ao rock mais alternativo e underground, com pitadas de ópera e música de cabaret. worden foi a principal voz secundária da tournée de sufjan stevens, em 2005. depois disso, nomeou o seu projecto de my brightest diamond e gravou o primeiro álbum, bring me the workhorse. reclama influências de antony and the johnsons e de radiohead, que diz ser a sua banda preferida de sempre. join the club, babe! de referir, ainda, que, na compilação okx, de tributo a ok computer, a versão de lucky ficou a cargo deste diamante que ainda se prevê brilhar bastante.

quiet town, josh rouse - subtítulo (2006)

josh rouse tem 35 anos e mudou-se, recentemente, para espanha. daí que este seu sexto álbum tenha um título em castelhano. o cantor americano gravou, este ano, um ep com a cantora paz suay, she's spanish, i'm american. no início deste ano, rouse abriu concertos da tournée de john mayer; no final do ano, fará uma sua, pela europa. josh rouse é um cantor folk, a sua tournée passará por lisboa. a não perder!

i have forgiven jesus, morrissey - you are the quarry (2004)

depois de se dar a conhecer ao mundo como letrista e cantor dos the smiths, uma das bandas mais importantes da história da música britânica, morrissey desenvolveu uma carreira a solo, com bastantes sucessos, tanto de público como de crítica. you are the quarry é o seu sexto álbum de originais e contém composições tão introspectivas quanto este i have forgiven jesus, bastante controverso, em que morrissey expõe as suas fraquezas e receios de uma forma assombrosamente bela.

jealous girls, the gossip - standing in the way of control (2006)

os gossip são uma banda do arkansas, já com três álbuns editados e viram a sua música ganhar popularidade com o êxito internacional de standing in the way of control (primeiro, o single, depois, o álbum). escrita pela vocalista, beth ditto, esta canção é uma resposta mordaz à decisão da administração bush de negar o direito ao casamento da população homossexual americana. a banda já abriu concertos dos le tigre e dos scissor sisters e este é o terceiro single, lançado este ano.

23, blonde redhead - 23 (2007)

os blonde redhead são uma banda americana composta por uma japonesa, kazu makino, e dois gémeos italianos, amedeo e simone pace. o seu primeiro álbum, que data de 1993, foi produzido pelo baterista dos sonic youth, steve shelley. 23 é o sétimo álbum dos redhead; pelo meio, ficou um grave acidente equestre de makino, que levou a uma paragem do grupo e inspirou a canção equus do anterior álbum, misery is a butterfly. simone pace disse, numa entrevista, que, neste álbum, teriam experimentado novas sonoridades porque se fartavam de estar sempre a fazer o mesmo.

o' sailor, fiona apple - extraordinary machine (2005)

o terceiro álbum de fiona apple foi produzido por jon brion, o compositor do maravilhoso tema de eternal sunshine of the spotless mind. fiona é sobejamente conhecida pelas suas afirmações controversas, a primeira das quais feita ainda na infância: quando tiver 12 anos, vou matar-me e à minha irmã amber. esta valeu-lhe várias sessões de terapia; as outras, apenas várias críticas e paródias. o' sailor foi o segundo single do malogrado extraordinary machine.

sni bong, dengue fever - escape from dragon house (2005)

apesar de a sua sonoridade não o evidenciar, os dengue fever são um grupo de los angeles. as suas canções são cantadas em khmer, pela cantora chhom nimol, descoberta pelos irmãos holtzman. a inspiração para criar uma banda de música pop cambodjana surgiu de uma viagem de ethan holtzman àquele país. o seu primeiro álbum, dengue fever, era totalmente composto por versões de hits cambodjanos dos anos 60; este segundo já continha várias composições originais, como este sni bong.

forgiveness, perry blake - the crying room (2006)

perry blake é um cantor e compositor irlandês que lançará, este ano, o seu sétimo álbum de originais. reclama como principais influências musicais leonard cohen, nick drake e david sylvian. apesar de o seu primeiro álbum, perry blake, de 1998, ter tido uma recepção calorosa do público e da crítica britânicos, o trabalho de perry blake tornou-se, com o tempo, uma iguaria alternativa. em 2002, blake recebeu o prémio fnac pela sua contribuição para a cultura (previamente concedido a pj harvey e lenny kravitz).

pyramid song, radiohead - amnesiac (2001)

os radiohead dispensam apresentações (e eu estou com pouco tempo). o videoclip de pyramid song é baseado num sonho de thom yorke que, ao ouvir a gravação da canção, pela primeira vez, terá dito que se tratava de the best thing we've committed to tape, ever.

i'll read you a story, colleen - the golden morning breaks (2005)

colleen é o pseudónimo da compositora de música electrónica cécile schott, nascida em paris. o seu primeiro álbum, everyone alive wants answers, de 2003, era composto, quase maioritariamente, por samples de músicas das suas colecções de discos. este, o segundo, tem mais sons não sintéticos e uma capa absolutamente enternecedora - uma menina e um unicórnio. presentemente, colleen encontra-se em digressão pelos eua, abrindo os concertos de beirut.

nine, forward russia! - give me a wall (2006)

os forward russia! são uma banda de indie rock de leeds, inglaterra. são representados por dois pontos de exclamação, lado a lado, o primeiro deles, invertido - e, depois dos funerais, outro padrão se começa a desenhar. curioso é o facto de que, até este ano, todas as suas canções tinham por nome um número, consoante a ordem em que tinham sido compostas. os membros da banda são tom woodhead, rob canning e os irmãos whiskas e katie nicholls. a tour deste álbum foi partilhada com os we are scientists e katie foi nomeada ao peta award para a vegetariana mais sexy de 2007.

playboy, hot chip - coming on strong (2004)

os hot chip são uma banda inglesa de electropop e este seu primeiro álbum mantém, ainda, presentes, influências do r&b e do soul; influências essas que se desvanecem no segundo, the warning, aclamado pela crítica e nomeado ao mercury prize de 2006, onde se encontram os hit singles over and over e and i was a boy from school. os londrinos são famosos, também, pelas suas interpretações arrebatadoras de canções dos new order. o novo álbum sai este ano.

back to the 101, albert hammond, jr. - yours to keep (2006)

albert hammond, jr. é o guitarrista dos the strokes e, no ano passado, aventurou-se num álbum a solo, este yours to keep. filho de um gibraltariano (ou lá como se diga) e de uma argentina, albert estudou no institut le rosey, na suíça, onde conheceu julian casablancas, com quem viria, posteriormente, a formar os strokes. ele tem feito as primeiras partes dos concertos de incubus e bloc party, sempre acompanhado pelos seus band mates, no palco ou na plateia.

must be the moon, !!! - myth takes (2007)

os !!! (chk chk chk) são uma banda americana que nasceu da fusão dos black liquorice com os popesmarshes e foi buscar o seu nome às legendas do filme os deuses devem estar loucos, onde os estalidos com a boca dos aborígenes eram representados por pontos de exclamação. myth takes é já o seu terceiro álbum, depois de louden up now e do primeiro, homónimo. em dezembro de 2005, o baterista original da banda, mikel gius, foi atropelado e morto por um carro, enquanto andava de bicicleta. must be the moon é o segundo single.

prick (i am), m.a.u. - m.a.u. (2006)

os m.a.u. são um grupo (maioritariamente) português, formado na european film college, na dinamarca. inicialmente, composto por elementos de vários países (dinamarca, portugal, frança, israel e alemanha), os m(an) a(nd) u(nable) são, hoje, compostos por luís de sousa, pablo camp, antónio soares e nuno lamy. este videoclip é absolutamente hilariante e o som dos m.a.u., onde encontramos semelhanças com os !!! o os the knife, é contagiante.

eternal flame, joan as police woman - real life (2006)

joan as police woman é a banda da violinista, compositora e cantora indie americana joan wasser. talvez, o nome que logo surge ao falar-se do de joan é o de jeff buckley, de quem foi namorada até à sua morte, por afogamento, em 1997. no entanto, outros nomes sonantes da música independente estão-lhe intimamente ligados: como antony hegarty, rufus wainwright ou nick cave, com quem colaborou bastantes vezes. este real life é o primeiro álbum da banda, composta por joan, ben perowsky e rainy orteca e eternal flame, o terceiro single extraído.

fa fa fa, datarock - datarock datarock (2005)

os datarock são uma banda norueguesa (de bergen), com apenas dois elementos, fredrik saroea e ketil mosnes. o seu estilo é, segundo eles, uma mistura de estilos musicais que gostam e, segundo os críticos, algo como geek rock. esta canção vai ser o som da nova publicidade da coca-cola e, daqui a uns meses, já não a vamos poder ouvir, como aconteceu com o "banquet" dos bloc party e o "bohemian like you" dos dandy warhols. até lá, aproveitem.

the sun's gone dim and the sky's turned black, jóhann jóhannsson - ibm 1401, a user's manual (2006)

jóhann jóhannsson é um músico islandês, multifacetado e multitalentoso. tem 5 álbuns a solo e múltiplas participações em bandas sonoras de filmes, documentários, em instalações de diversos eventos, em composições para outros músicos, etc. Dirige, ainda, a kitchen motors, em reykjavík - uma promotora de concertos e exibições, produtora de filmes, editora e dinamizadora, enfim, da cultura alternativa da capital islandesa. é caso para uma larga vénia. there's something about that island...

mysteries, beth gibbons & rustin man - out of season (2002)

um álbum que junta a vocalista da banda trip-hop portishead e o baixista dos talk talk (paul webb, sob o pseudónimo rustin man) só podia ser assim bom. suffering for your art is most definitely overrated but i do get a certain, i don't know, satisfaction from being able to deal with my paranoia and insecurity disse beth gibbons. este tema faz parte da banda sonora do filme francês les poupées russes.

better do better, hard-fi - stars of cctv (2005)

os hard-fi são uma banda indie da inglaterra suburbana e foram um dos principais nomes a emergir na cena musical inglesa em 2005. o seu álbum de estreia recebeu uma nomeação para o mercury prize e competiu, até ao final, com i am a bird now dos antony and the johnsons, acabando por perder o prémio. no entanto, a sua tournée de 2006 incluiu um facto notável: deram cinco concertos consecutivos na london brixton's academy, todos esgotados. foram os quintos artistas a fazê-lo, depois dos the clash, bob dylan, massive attack e the prodigy. better do better foi o último tema a ser lançado do álbum de estreia e alcançou o 14º lugar da tabela de singles britânica.

this is hardcore, pulp - this is hardcore (1998)

este álbum dos pulp foi o seu terceiro consecutivo a obter uma nomeação ao mercury prize para o melhor álbum do ano. esta banda inglesa de sheffield (outra referência constante neste blog), liderada por jarvis cocker, tem uma particularidade interessante: mark webber, que, a partir de different class, assumiu a guitarra e as teclas da banda, era o presidente do clube de fãs dos pulp. este single chegou ao #12 na tabela de singles do reino unido e foi o último grande sucesso da banda.

fade into you, mazzy star - so tonight that i might see (1993)

hoje, continuamos com música do início dos anos 90. desta feita, pelo duo dream-pop mazzy star que, de momento, se encontra em stand-by. composto por hope sandoval (voz, harmónica, percussão, xilofone e letras) e david roback (guitarra, piano, órgão e composição), o grupo teve, neste single, o seu maior êxito até ao momento. hope sandoval formou, mais recentemente, a banda hope sandoval and the warm inventions e colaborou em gravações de the jesus and mary chain, air e chemical brothers. david roback compôs as canções que maggie cheung canta em clean. os temas calmos e contemplativos são a marca dos mazzy star: arranjem uma brisa suave e deixem-se embalar.

dress, pj harvey - dry (1991)

pela altura do seu primeiro álbum (e até ao quarto, to bring you my love), pj harvey era o nome da banda composta por polly jean harvey (voz, guitarra), rob ellis (bateria) e steve vaughan (baixo). dry foi mundialmente aclamado como uma estreia auspiciosa e prometedora e dress considerado dos melhores singles do ano por inúmeras classificações. inicialmente, rotulada como feminista, polly jean rapidamente desfez esse estereótipo, posando em topless na capa da new musical express. nos anos seguintes, a cantora, já a solo, ganharia o mercury prize pelo melhor álbum do ano (stories from the city, stories from the sea), gravaria com thom yorke e cantaria uma versão fabulosa de satisfaction com björk, nos brit awards. polly jean harvey é uma das cantoras e compositoras mais importantes da história da música mainstream.

modern world, wolf parade - apologies to the queen mary (2005)

o curioso título do álbum de estreia dos wolf parade refere-se ao navio queen mary, do qual a banda foi expulsa por ter partido uma porta. tudo começou quando ofereceram a spencer krug a abertura de um concerto dos arcade fire. ele chamou dan boeckner e, depois, arlen thompson (que toca a bateria em wake up dos arcade fire). hadji bakara juntar-se-ia em 2004 e a formação dos wolf parade estava completa. e viva o canadá!

how can i love you if you won't lie down, silver jews - tanglewood numbers (2005)

nashville está a tornar-se referência assídua neste blog: os silver jews são uma banda oriunda desta cidade americana, liderada por david berman e, à semelhança dos lambchop, os artistas convidados a integrá-la variam de álbum para álbum. este é já o quinto lp da banda indie rock do tennessee. as suas canções são conhecidas e reputadas pelas sofisticadas letras, compostas por david berman, que até, em 2006, surpreender a cena indie com uma tour pelos eua, se recusava a tocar ao vivo.

back to black, amy winehouse - back to black (2006)

pode dizer-se que amy winehouse é a cantora do momento. nascida nos arredores de londres, o seu sotaque cockney não engana ninguém quanto às suas origens mas a sua personalidade musical, que sofre influências de artistas como billie holiday ou aretha franklin, tem vindo a conquistar multidões desde o seu álbum de estreia, frank, de 2004, lançado quando amy tinha apenas 19 anos. este single é o terceiro do segundo álbum desta cantora judia, criada ao som de um jazz londrino. no videoclip, podemos ver amy, enlutada, num cortejo fúnebre, em que o falecido é o seu coração.

the funeral, band of horses - everything all the time (2006)

os band of horses são uma banda recente (o seu primeiro e único álbum saiu em março do ano passado) de seattle. depois do grunge, vem o indie e ainda bem que vem! e parece mesmo que os funerais se estão a tornar dos eventos mais inspiradores para fazer boa música (que o digam win e regine - mas isso é assunto para outro post). recentemente, este single foi editado em vinil de 7'' no reino unido para coincidir com a digressão da banda por terras de sua majestade.

up with people, lambchop - nixon (2000)

os lambchop são uma banda maleável. sob a batuta do criativo kurt wagner, a banda de nashville, tennessee reúne uma quantidade de músicos, que vai sendo readaptada a cada álbum. apesar disso (ou por causa disso), são referidos pelo allmusic website como o mais consistentemente brilhante e único grupo americano a surgir nos anos 90. o seu estilo é difícil de definir: são de supor as raízes country, sendo nashville a capital desse estilo, mas as influências pop, rock, lounge e soul são visíveis e acrescentam complexidade à sua sonoridade. resistam, portanto, à compulsão classificatória e desfrutem deste single do álbum mais aclamado da banda.

fluorescent adolescent, arctic monkeys - favourite worst nightmare (2007)

fluorescent adolescent é o segundo single do segundo álbum dos arctic monkeys. no entanto, a posição secundária fica por aí porque estes meninos dos arredores de sheffield têm arrecadado todos os primeiros lugares que há a coleccionar! desde as posições cimeiras nos charts um pouco por todo o mundo até prémios de banda revelação, melhor banda, melhor álbum e melhor single - brit awards, nme awards e plug independent music awards, entre outros. nada escapa a estes meninos.

revelator, gillian welch - time (the revelator) (2001)

gillian welch é uma cantora e compositora americana, nascida em manhattan e criada em los angeles. apesar destes backgrounds urbanos, a sua música transpira mais os sons da américa interior, com raízes country e bluegrass, num folk que ela apelida de american primitive. todos os seus trabalhos são em colaboração com o seu parceiro musical e amoroso, o guitarrista david rawlings - a cantora assume, mesmo, que gillian welch é uma banda com dois membros. welch já colaborou com artistas como ryan adams e emmylou harris e canta duas canções na banda sonora de o brother, where art thou? dos irmãos coen. ross fortune (ex-editor musical da time out) define time (the revelator) como «o som da goma-laca e do osso, profundo como uma mina e escuro como uma nódoa negra».

kingdom of doom, the good, the bad and the queen - the good, the bad and the queen (2007)

kingdom of doom é o segundo single retirado do álbum de estreia do grupo (há quem diga que o nome the good, the bad and the queen seja o do álbum e que a banda, em si, não tem nome) formado por damon albarn (ex-vocalista dos blur e dos gorillaz), paul simonon (ex-the clash), simon tong (ex-the verve) e tony allen (ex-fela kuti). o álbum foi definido por albarn como uma "song cycle that's also a mystery play about london". de facto, os corvos que voam contra a lua podem bem ser aqueles que residem na torre de londres, deixando-a - voo, esse, que se diz prenunciar a queda do reino britânico. kingdom of doom foi o único single da banda a chegar ao top 20 britânico.

down by flow, micro audio waves - odd size baggage (2007)

os micro audio waves são compostos por flak (guitarrista dos rádio macau), c. morgado e cláudia efe, na voz. em 2004, o seu segundo álbum, no waves, foi considerado um dos melhores do ano por john peel, da bbc radio one e, em 2005, ganhou os qwartz electronic music awards para melhor álbum e melhor videoclip (para o single fully connected), em paris. regressam em abril deste ano com um novo álbum e esta down by flow não só é uma excelente composição como é acompanhada de um videoclip fantástico. é caso para dizer que o que é nacional pode ser (muito) bom!

i am john, loney, dear - loney, noir (2005)

loney, dear é o nome artístico do cantor sueco emil svanängen. depois de quatro álbuns lançados, apenas, no seu país natal, reedita, este ano, o loney, noir nos estados unidos e neste momento, está em tour pela europa. pode ser emil ou loney mas agora parece que já é john. enfim, deixo-vos com mais um escandinavo em crise de identidade.

a cheater's armoury, hanne hukkelberg - rykestrasse 68 (2007)

hoje, rumamos até ao norte da europa, onde, para fugir ao frio glacial, hanne hukkelberg se entretém a gravar o ruído das ruas, a chuva a teimar sobre os beirais, o ronronar dos seus gatos e outros sons disponíveis para fundir com as suas canções harmoniosas. hanne hukkelberg é uma cantautora (plus pianista, guitarrista e baterista) norueguesa, já com dois álbuns às costas, sendo que o segundo, rykestrasse 68, ganhou o prestigiado prémio musical spellemannsprisen da noruega. curioso, ainda, que esteja repleto dos sons da rykestrasse, em berlim, onde o álbum foi gravado, mas que a numeração da rua termine no número 67. a (brilhante) animação do vídeo é da autoria de andreas paleologos.

fallen snow, au revoir simone - the bird of music (2007)

as au revoir simone são a banda-fetiche de david lynch. depois de ver inland empire, não estou seguro de que isso continue a ser um elogio; mas, o realizador mantém a sua coolness e a referência justifica-se. oxalá todas as girlsbands fossem assim: inovadoras, encantadas e despreocupadamente indie. acabadinho de sair, o segundo álbum de erika forster, annie hart (que se conheceram numa viagem de comboio entre vermont e nova iorque) e heather d'angelo, the bird of music, inclui esta suave elegia à neve que cai. para ouvir a sorrir.

giddy stratospheres, the long blondes - someone to drive you home (2006)

we're back! ready for round II! prosseguimos a festa com um single altamente sensual de uma banda, ela própria, sensualíssima. os 5 de sheffield (kate jackson à cabeça) - the long blondes - trazem-nos um som deliciosamente retro (e declaradamente à la deborah harry e sua malta), entre bolas de cristal, microfones wireful e muito, muito glamour.

sprout and the bean, joanna newsom - the milk-eyed mender (2004)

e para equilibrar o yin e o yang deste malogrado neoblog, junto à de rufus, uma outra voz, também inigualável e também diferente mas, complementar ou contrariamente, feminina. joanna newsom e a sua harpa, os duendes e os barquinhos de papel. a jovem cantora californiana, que toca piano, harpa e cravo e é protegée de devendra banhart e camaradas, editou já quatro álbuns de originais, sendo os dois primeiros, não-oficiais (walnut whales, de 2002, yarn and glue, de 2003, the milk-eyed mender, de 2004 e ys, de 2006). o último é considerado, por diversos críticos da especialidade, o seu melhor e presente em várias listas dos melhores de 2006.

going to a town, rufus wainwright - release the stars (2007)

um outro começar. porque, realmente, às vezes, não há muito a dizer. quando outros já o disseram (e já o cantaram ou já o tocaram) tão bem: ouve-se e sente-se, de olhos fechados ou não. e, para começar, quem melhor que o cantor canadiano, de 34 anos, que está farto da américa (honey, who isn't?), ousado e apaixonante (ouvir «complainte de la butte»), rufus wainwright? let the show begin...